terça-feira, 18 de agosto de 2009

Algumas fotos de Viena, a bela!

Acabei de ler o "Último Verão Europeu - Quem Começou a Grande Guerra de 1914" (Europe's Last Summer: Who Started the Great War in 1914) de David Fromkin, Editora Objetiva, 2005), que eliminou de vez a antiga cantilena que sempre ouvi de que a 1ª Guerra iniciou com o assassinato de Francisco Ferdinando, arquiduque da Áustria e de sua esposa, Sophie, em 28/6/1914 em Sarajevo, Sérvia.

Nunca entendi porque um assassinato poderia causar tamanha destruição com uma guerra daquelas proporções.
O livro dá uma luz enorme sobre os fatos.
O presumido herdeiro do império austro-húngaro não era muito apreciado em sua terra, a Áustria. Sobrinho do imperador Francisco José, já idoso aos 84 anos, de quem conta-se que não deu sinais em público de estar abalado com as mortes (Sophie não era bem vista na Áustria).

A Áustria tinha medo da Sérvia e gostaria de acabar com aquele país e as mortes, fato que ficou conhecido como A Afronta, vieram bem a calhar como desculpa para uma invasão.
Entretanto, a Sérvia tinha ligações com a Rússia e a Áustria só atacaria o país se a Rússia não se envolvesse no conflito.
Para garantir alguma segurança, a cúpula diretiva do país, às vezes sem o consentimento ou o conhecimento do velho imperador Habsburgo, aproximou-se da Alemanha do Kaiser, a fim de ter um aliado forte que pudesse defende-la de eventual ataque da Rússia.

A Alemanha tinha todo interesse em começar uma guerra na Europa com o intuito de acabar com a França, quiçá com a própria Rússia. A Alemanha almejava a supremacia no continente e para isto era necessário deter França e Rússia, e aquele era o melhor momento para tal, devido a grande capacidade do exército, da produção desenfreada de armamentos (Krupp) e outras situações. A Alemanha deu carta branca para a Áustria invadir a Sérvia, país que não tinha a menor importância para os alemães.

Na verdade o pobre arquiduque assassinado lutava pela paz e não pela guerra, morrendo somente porque o jovem Gavrilo Princip achou que estava fazendo um ato sensacional que lhe daria honra e glória perante seu povo.


Uma história bastante interessante que desmascara falsos mitos. O livro aponta como um dos principais responsáveis pela guerra o general alemão Moltke: "Era Moltke quem queria a guerra contra a Rússia e a França. Ele sempre se absteve - ou foi impedido - de iniciar essa guerra em crises passadas porque as circunstâncias nunca foram totalmente adequadas". (página 335)


Publico as fotos de Viena, a belíssima capital do império austro-húngaro até o final da guerra, por sua ligação com todo esse emaranhado de fatos que resultou numa guerra tão sangrenta.
Voltarei ao assunto.












sábado, 1 de agosto de 2009

Viena - a bela

Desde a muito tempo atrás, tinha em meu pensamento conhecer "Schloss Schonbrunn", o imenso palácio em Viena.
Um colega de trabalho mandou aqueles e-mails bobos, enormes, que você nem lê, mas aquele me chamou a atenção porque mostrava algumas fotos da Áustria, incluindo Schonbrunn.
Passaram-se os anos e eis que finalmente me deparo com a riqueza, o fausto, o ar aristocrático de Viena ... de tanto andar por ruas maravilhosas acho que percorri uns 200 km a pé, deslumbrando-me com a beleza de construções de um tempo magnifíco, quiçá melhor do que este! Enfim ...


Chegando a Viena, aeroporto Wien Schwechat. Em seguida um ônibus nos levaria até Viena.


Surpresa mesmo foi descobrir que qualquer lugar faz e vende deliciosos "kebabs". Uma delícia, fartos e gostosos, que matam a fome de qualquer um.