terça-feira, 21 de setembro de 2010

Maceió - a bela cidade

Já estive em Maceió outras quatro vezes e mais vezes ainda irei ... quem sabe curtir a aposentadoria numa praia quase deserta?
Aproveitando os feriados de setembro em Curitiba e a promoção da TAM de 4000 pontos por trecho, embarquei num belo mas frio domingo para Maceió.
Apesar de alguma chuva eventual e dias nublados, mesmo assim o sol estava forte.
Fiquei no hotel Ibis Pajuçara, preço justo (R$ 99,00 diária solteiro), café da manhã variado que também faz juz ao preço de R$ 11,00 (pense bem: no Afonso Pena ou no Luiz Eduardo Magalhães em Salvador você paga R$ 10,50 por uma mísera xícara de café com leite e uma empadinha de caldo de palmito, sim porque palmito mesmo não há!!!)
O pessoal da recepção do Ibis poderia ser melhor treinado para, pelo menos, responder aos cumprimentos de bom dia, boa noite ... enfim, nem tudo é perfeito.
Mas o que incomodou mesmo foi o barulho ensurdecedor do ar condicionado do quarto contíguo ao meu (fiquei no 409). Cada vez que o ar era ligado no quarto 410 eu não conseguia pregar o olho ... fiz a reclamação de praxe!
Como no ano passado em 7/9 estava em Maceió, ainda lembrava da muvuca que virava toda a orla, da Pajuçara a Cruz das Almas, então resolvi contratar um passeio para Angra de Ipioca com Carlos Augusto Turismo, aquelas vãs que ficam em frente a Feirinha de artesanato. O Carlos Augusto ligou na noite anterior, 6/9, mas a Recepção do Ibis não me passou o recado de que o passeio estava cancelado devido ao grande engarrafamento. Resultado: só fui saber do cancelamento no dia 7, às 8h30 da manhã ... desolado, acabei ficando por lá mesmo.
Acabei indo pra Ipioca na quinta, 9/9 com a Paraíso Dourado da agradabilissima Quitéria (82-99129175, procurem por ela, super simpática). Como só iam 3 pessoas pra Ipioca, a Quitéria mandou um taxi pegar a gente. O lugar em si não é grande coisa, não, porque praia, areia e coqueiro você encontra em toda a santa praia do Nordeste.
O pior de tudo é que não existe nenhum lugar pra você ficar a não ser o restaurante Hibiscus cujo proprietário/a é dono do condomínio pelo qual temos que passar para ter acesso a praia. O restaurante é caríssimo!!!
- o prato mais barato começava em R$ 56,00,
- uma Skol lata por R$ 4,20,
- uma caipirinha por R$ 9,80,
- porção de purê de batata a R$ 12,00
- um tira gosto como espetinho de camarão a R$ 24,00
Marque o nome pra você não cair nesta roubada: Angra de Ipioca.


Uma carroça puxada por um jegue é todo o trânsito que pude notar em Ipioca ...








Há um rio que pode ser encontrado caminhando-se ao longo da praia.





Aproveitando o domingo, contratei outro passeio com a Quitéria e apesar do tempo ruim fomos pra Tabuba. Bonita praia, um rio legal (dizem que no domingo anterior alguém se afogou no rio ...). Dá pra tomar uma caipirinha e uma cerveja sem ser esfolado como em Ipioca. Se puder, vá conhecer.




Tabuba, legal ...













Como gosto de me esticar pegando um solzinho, lendo um livro e escutando meu MP4, prefiro atravessar a rua na Pajuçara, em frente ao Ibis, e pegar uma cadeira e um guarda-sol. Preço:R$ 4,00. Se der sede, peça uma ceveja Skol "latão" como eles dizem e pague R$ 2,50 no "seu" Fernandes, atrás do memorial teotônio Vilela. Não nem barraca, é um ponto em que o pessoal aluga cadeiras e vende cerveja. Gosto demais do caldinho de feijão e queijo coalho assado que passam vendendo na praia.

Se não quiser gastar muito em Maceió e não se importa com a simplicidade, vá até a barraca 7 Coqueiros, aolado da Feirinha de Artesanato da Pajuçara. Refeiões por volta de R$ 30,00. Se estiver sozinho, cuidado! É muita comida para um único vivente!! E ainda tem a cerveja! Garçons muito simpáticos e atenciosos.

Das vezes anteriores em Maceió sempre ia ao Lopana, meu preferido pelo peixe temperado com alecrim e o purê de banana. Garçons atenciosos e sempre sorridentes.

Na primeira noite me enganei de restaurante e acabei entrando no Kanoa - não vá, a não ser que você não se importe em pagar R$ 7,20 por uma cerveja ....

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O Incêndio - 1940-1945

Estive lendo nas últimas semanas O Incêndio, como os aliados destruíram as cidades alemãs 1940-1945, Jorg Friedrich, editora Record, 585 páginas.
Do que trata ? A impressionante destruição das cidades alemãs perpetrada pelos aliados - americanos e ingleses, principalmente, durante a II Guerra Mundial.
Guerra é guerra, dirão uns. Azar dos alemães, afinal, quem mandou gerarem e aceitarem um Hitler, dirão outros. Mas é de um simplismo cavalar julgar a destruição de relíquias arquitetônicas da Idade Média que contavam a história de parte da Europa somente pelo prisma do bem e do mal, nazismo e democracia.
Igrejas, conventos, castelos, palácios, hospitais, casas de madeira, tudo veio abaixo, incendiado pelos malditos bastões incendiários despejados aos milhões sobre Berlim, Hamburgo, Potsdam, Bremen, Kiel, Colônia, Stuttgart, Württemberg, Münster, Kassel e tantas e tantas outras mais.
Na pág. 144 do livro: "No último ano da guerra, a frota dos EUA lançou uma tonelada de bombas por minuto, totalizando, entre 16 de setembro e 31 de dezembro de 1944, 165 mil toneladas. Em 1945, o Comando de Bombardeiros realizou outras 62.824 decolagens, transportando 181.740 toneladas ... "
Destruição, morte por sufocamento, gases tóxicos, esmagados ... Nunca defendi os atos alemães nas duas guerras, mas com todo o poderio bélico aliado, me pergunto porque destruir simplesmente por destruir ? Muitos "bunkers" foram construídos por toda a Alemanha, muitos porões em casas, prédios comerciais, asilos, hospitais foram utilizados pela população alemâ para se defender do inferno dos incêndios. Mas os gases letais, a falta de oxigênio, o empurra-empurra para conseguir um lugar, acabaram matando milhares.
Um patrimônio arquitetônico e artístico de centenas de anos, originários da Idade Média virou cinzas, escombros! A troco de quê? Do total aniquilamento da Alemanha.
O livro conta em detalhes toda a preparação dos aliados, sua estrutura, as bombas disponíveis, o turbilhão causado pelo fogo, as cas antigas. Faz uma viagem pelo mapa da Alemanha cidade a cidade, do Norte para o Oeste e do Sul para o Leste, narrando como as cidades foram incendiadas, destruídas, aniquiladas, e a população trucidada, cozida, afogada, queimada, massacrada, sem olhar para homens, mulheres e crianças, sem se deter em hospitais, asilos, orfanatos. Já não interessavam mais pontos militares ou estratégicos, apenas o aniquilamento total.
Comovente e ao mesmo tempo repugnante leitura das mortes nos bunkers, nos kellers.
Eu que só conheci Berlim e Postdam, e a magnificência de palácios e construções, a grandiosidade das avenidas berlinenses, imagino como não ficaram após 1945 ...

Recomendo a leitura, não com olhos de revanchismo, mas com a intensidade da descoberta das atrocidades que são praticadas em nome sabe-se lá do que: a liberdade do mundo ocidental.
Balelas!