sábado, 21 de novembro de 2009

Salvador, Bahia, 2009

Durante muitos anos pensei que não poderia gostar da Bahia ... não me perguntem o porque deste pensamento !!!
Bom, tinha alguns dias para compensar no meu trabalho e, como sempre, tentei um voo para a bela Maceió. Infelizmente, não teve jeito de conseguir, então, quebrando meus preconceitos, resolvi ir para Salvador ... e fui, e gostei e estou voltando!
Gostei muito de Salvador, seus bares, suas praias, suas gentes, sua cultura, seus prédios históricos, enfim, o começo do Brasil estava ali, nas minhas mãos, nas minhas fotos.
Dezembro voltarei lá para rever tudo de bom e e belo que só a Bahia tem.
A Secretaria de Turismo da Bahia tem informações bastante interessantes.
Veja em http://www.bahia.com.br/







salvador, do hotel

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Algumas fotos de Viena, a bela!

Acabei de ler o "Último Verão Europeu - Quem Começou a Grande Guerra de 1914" (Europe's Last Summer: Who Started the Great War in 1914) de David Fromkin, Editora Objetiva, 2005), que eliminou de vez a antiga cantilena que sempre ouvi de que a 1ª Guerra iniciou com o assassinato de Francisco Ferdinando, arquiduque da Áustria e de sua esposa, Sophie, em 28/6/1914 em Sarajevo, Sérvia.

Nunca entendi porque um assassinato poderia causar tamanha destruição com uma guerra daquelas proporções.
O livro dá uma luz enorme sobre os fatos.
O presumido herdeiro do império austro-húngaro não era muito apreciado em sua terra, a Áustria. Sobrinho do imperador Francisco José, já idoso aos 84 anos, de quem conta-se que não deu sinais em público de estar abalado com as mortes (Sophie não era bem vista na Áustria).

A Áustria tinha medo da Sérvia e gostaria de acabar com aquele país e as mortes, fato que ficou conhecido como A Afronta, vieram bem a calhar como desculpa para uma invasão.
Entretanto, a Sérvia tinha ligações com a Rússia e a Áustria só atacaria o país se a Rússia não se envolvesse no conflito.
Para garantir alguma segurança, a cúpula diretiva do país, às vezes sem o consentimento ou o conhecimento do velho imperador Habsburgo, aproximou-se da Alemanha do Kaiser, a fim de ter um aliado forte que pudesse defende-la de eventual ataque da Rússia.

A Alemanha tinha todo interesse em começar uma guerra na Europa com o intuito de acabar com a França, quiçá com a própria Rússia. A Alemanha almejava a supremacia no continente e para isto era necessário deter França e Rússia, e aquele era o melhor momento para tal, devido a grande capacidade do exército, da produção desenfreada de armamentos (Krupp) e outras situações. A Alemanha deu carta branca para a Áustria invadir a Sérvia, país que não tinha a menor importância para os alemães.

Na verdade o pobre arquiduque assassinado lutava pela paz e não pela guerra, morrendo somente porque o jovem Gavrilo Princip achou que estava fazendo um ato sensacional que lhe daria honra e glória perante seu povo.


Uma história bastante interessante que desmascara falsos mitos. O livro aponta como um dos principais responsáveis pela guerra o general alemão Moltke: "Era Moltke quem queria a guerra contra a Rússia e a França. Ele sempre se absteve - ou foi impedido - de iniciar essa guerra em crises passadas porque as circunstâncias nunca foram totalmente adequadas". (página 335)


Publico as fotos de Viena, a belíssima capital do império austro-húngaro até o final da guerra, por sua ligação com todo esse emaranhado de fatos que resultou numa guerra tão sangrenta.
Voltarei ao assunto.












sábado, 1 de agosto de 2009

Viena - a bela

Desde a muito tempo atrás, tinha em meu pensamento conhecer "Schloss Schonbrunn", o imenso palácio em Viena.
Um colega de trabalho mandou aqueles e-mails bobos, enormes, que você nem lê, mas aquele me chamou a atenção porque mostrava algumas fotos da Áustria, incluindo Schonbrunn.
Passaram-se os anos e eis que finalmente me deparo com a riqueza, o fausto, o ar aristocrático de Viena ... de tanto andar por ruas maravilhosas acho que percorri uns 200 km a pé, deslumbrando-me com a beleza de construções de um tempo magnifíco, quiçá melhor do que este! Enfim ...


Chegando a Viena, aeroporto Wien Schwechat. Em seguida um ônibus nos levaria até Viena.


Surpresa mesmo foi descobrir que qualquer lugar faz e vende deliciosos "kebabs". Uma delícia, fartos e gostosos, que matam a fome de qualquer um.


sexta-feira, 3 de julho de 2009

Um adeus ...



Minha intenção era só falar de viagens e contar algumas coisas interessantes sobre a História.
Mas não é possível deixar de falar sobre o que aconteceu na última sexta-feira, 26 de junho de 2.009, às 7h50 da manhã ...

Sim, é verdade, minha amada mãe foi em direção aos braços do Pai Onipotente ... uma morte inesperada, dolorida, sofrida, profunda. Meu conforto é saber que ela estará na companhia de anjos, arcanjos e querubins, fazendo festa a Deus, e se encontrando com Maria, Emir, Cleonice, Erocy, Juramir, "Fifi", "João-de-Barro" (Lucinho), a "Nesta" (Ernestina) e outros tantos que passaram em nossas vidas deixando saudades.



Ah, mãe, a senhora fará muita, muita falta. Não poderei mais ve-la, ao chegar em casa do trabalho, caçando palavras nas revistinhas compradas e reservadas especialmente para a senhora ... não poderei mais pegar dois carrinhos de compras no BIG do Portão porque a senhora não estará mais aqui para ajudar-me.
Quem irá almoçar comigo aos domingos no Velho Madalosso?
Quem ficará no portão de casa observando a minha chegada?
Quem fará aquela canjica, aquele feijão, aquele quibebe, aqueles bolinhos fritos?
Quem me ajudará a plantar as flores, a podar as roseiras, a varrer as folhas secas do sinamomo, do caqui?
Quem verá comigo o macaco da Caras e Bocas ou rirá comigo vendo o deputado da Praça é Nossa e o Didi?
Quantas saudades a senhora deixa! Que dor atróz é esta de sentir sua falta?
É mãe, a vida é essa mesma: mortes, nascimentos, nascimento e morte, tudo ao mesmo momento, tudo ao mesmo tempo.
Sua face era como a da Monalisa (foi o Nelson quem disse), um leve sorriso esboçado, e a lembrança para sempre guardada no peito, no fundo do coração.



A senhora está com o Pai, tenho certeza disso. Nós estamos aqui, chorando pelos cantos, ao ver suas fotos, suas roupas, seus objetos ... ao ver algo que a senhora comentava, ao passar numa loja, ao fazer algo que a senhora fazia.
Isso ainda vai longe ... algum dia estará mais fraca a dor, mas nunca, jamais esquecerei a senhora, a sua força, a sua coragem, a deteminação, o ânimo, a fibra! A senhora foi forte, aguentou dor, luta e sofrimento mas nunca desistiu de criar com firmeza os nove filhos!
Tudo o que sou, sou porque a senhora assim me fez, assim me formou, assim me mostrou como ser: firmeza, caráter, hombridade, veracidade ... tudo veio da senhora, tudo aprendi com a senhora.
Amei-a e dediquei uma parte da minha vida para tentar dar um pouco de tranquilidade e sossego, acho que consegui um pouco, mas poderia e a senhora merecia muito, mas muito mais mesmo.
Agora, já não posso fazer mais absolutamente nada - minhas mãos já não alcançam sua face, seus cabelos, suas mãos. Não posso mais beijá-la e acariciá-la ... mas posso manter a senhora bem viva em meu coração. A senhora vive em mim. A senhora está em mim.
A senhora é minha mãe.
Obrigado por ter sido minha mãe!

sábado, 30 de maio de 2009

“Pós-Guerra, Uma História da Europa desde 1945”

Acabei de ler “Pós-Guerra, Uma História da Europa desde 1945” (Postwar: a History of Europe since 1945) de Tony Judt, um relato extremamente bem escrito e fundamentado dos acontecimentos e fatos da história da Europa no pós-guerra. Uma obra que não se limitou a buscar o que se desenrolou apenas na parte ocidental do Velho Continente, mas que mostrou aos leitores o que ocorreu na Europa Central e Oriental, dominada pelo anacrônico comunismo da era soviética.
Passei a saber mais sobre Estônia, Letônia, Lituânia, República Checa, Eslováquia, Kosovo, Moldávia, Armênia, Albânia, Pridnestróvia, Croácia, etc. do que a maioria dos meus contemporâneos. Uma Europa com o islamismo as suas portas, uma Europa relutante em aceitar a Turquia como integrante da comunidade – tanto pelos resultados econômicos e sociais como pelo desrespeito e restrições impostas aos curdos, mais tarde retiradas.
De qualquer maneira, a Europa sempre se caracterizou pela sua ascendência judaico-cristã, a idade média totalmente dominada pelo clero e papado são provas irrefutáveis dessa raiz cristã. E como bem disse Vaclav Havel, “a União Européia fundamenta-se num grande conjunto de valores, com raízes na antiguidade e na cristandade”. Bingo! As portas fechavam-se para os turcos com expectativas de ingressarem na União Europeia, lá por 2015.
Judt descreve aquela parte da Europa que nos livros escolares de minha época de estudante colegial convencionou-se chamar de “Segundo Mundo” (em contraste com o 1º e o 3º) ou aquele epíteto que, quando criança, ficava a imaginar o que seria: “por detrás da Cortina de Ferro”. Os abusos, prisões, mortes e julgamentos arrumados para acabar com todo e qualquer tipo de oposição nos países comunistas – Polônia, Tchecoeslováquia, Romênia, Hungria, Bulgária, Albânia (partidários da China Comunista), Iugoslávia, Alemanha Oriental – frente ao planejamento centralizado emanado de Moscou que acabou destruindo os países do Leste Europeu. Ainda hoje são os mais atrasados econômica e socialmente pelo desmantelamento causado pelos comunistas.
Os homens que dominaram a vida política no anos do pós-guerra eram de uma era passada, talvez por isso, após o intenso período de sofrimento com a reconstrução dos países, voltaram-se para a criação do estado assistencial, montando estruturas que concediam aos cidadãos benefícios como saúde, educação e cultura, aposentadorias e pensões como nunca antes houve. Todo o sofrimento que a guerra trouxe às populações tinha que ser recompensado por um estado-pai ... sempre presente para ajudar e auxiliar.
A Guerra Fria, o vetos franceses ao ingresso da Grã-Bretanha, o crescimento da Alemanha, os receios de novas tentativas alemãs de dominação, os fatos recentes da unificação e expansão da União Europeia, a queda do Muro de Berlin, a limpeza étinica na ex-Iugoslávia (Bósnia, Kosovo), a dèbacle da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, tantos acontecimentos convenientemente retratados na obra de Judt.
Lições ótimas, uma leitura que exige uma certa dose de concentração e reflexão pela extensão e abrangência dos fatos narrados, mas que propicia um conhecimento ímpar de uma Europa desconhecida. Não deixe de ler ... você não pode deixar de ler “Pós-Guerra, Uma História da Europa desde 1945” !

terça-feira, 26 de maio de 2009

Trem, avião ou ônibus na Europa?

Quando falamos para alguém que vamos ou estivemos na Europa, a primeira e mais incisiva indagação é: Andou muito de trem por lá?
Cansado de ouvir sempre a mesma pergunta, quero dizer que parte da minha infância andei um bocado de trem, porque meu pai era ferroviário, então tínhamos passes para viajar, numa época saudosa em que os trens também eram usados para transportar passageiros, pasmem vocês, e não só para carregar soja, óleo de soja, minério de ferro, calcáreo, etc. Atualmente bem poucas pessoas conseguem desfrutar de uma viagem de trem, por isso, essa fatídica pergunta. Acho que o trem ficou no imaginário coletivo como algo inatingível, por que não o temos aqui nas proporções da Europa ou Estados Unidos. Tirando a Serra da Graciosa, por onde mais existe trem?
Aliás, um país imenso como o Brasil teve sua rede de ferrovias completamente desmantelada por sucessivos e frouxos governos que muito provavelmente se deixaram envolver por propinas de grandes construtoras e empreiteiras para abandonar o trem como meio de transporte em prol das rodovias, estradas, viadutos ... se as antigas viações férreas estaduais tivessem sido mantidas, quissá não teríamos o número de acidentes nas esburacadas estradas que cortam este país! Mas isso é assunto para outra postagem! Ave Maria! Misericórida ...
Deixe-me voltar, então, ao assunto principal: trem, avião ou ônibus para se deslocar entre os países da Europa? No meu caso, valeu muito mais a pena a combinação de avião e ônibus de um país a outro.
Preparei uma tabela de meus gastos na Europa com esse tipo de transporte:

Mesmo quando o aeroporto não é o aeroporto central ou principal do local, ainda assim é vantajoso o voo, como no caso de Bruxelas em que a Ryanair utiliza o aeroporto de Charleroi (
http://www.charleroi-airport.com/) cerca de uma hora de ônibus da capital belga. Paga-se 13 euros, mas há ônibus e trens de linhas regulares, indicados no site do aeroporto.
Pela minha tabela, gastei no total das viagens 293, 39 euros. Isso, em reais de hoje (aproximadamente 1 euro = 2,90 reais) seriam 851 reais ...
Agora, se você for consultar os trens europeus em (
http://www.eurail.com/) e pensar que eu viajei entre 7 países, você poderá fazer as contas e verificar a diferença de preço a favor dos voos.
Eurail considera Bélgica, Holanda e Luxemburgo com um único país. Então, você poderia escolher o Eurail Select Pass para 5 países e 10 dias em 2 meses, por exemplo. Sabe quanto iria pagar? 564 euros no site em inglês e cerca de 618 euros ( 1791 reais) no site em português.
Caso queira mais opções de países, provavelmente escolheria o Eurail Global Pass, veja só: no site em inglês 603 euros e no em português 660 euros (1913 reais) ... Bom, acho que conseguimos ver a grande diferença de preços. Se você tem dinheiro e pode gastá-lo a rodo, ótimo, escolha o que quiser, mas se não tem, pense duas vezes antes de comprar os passes, pelo menos para mim, não vejo vantagem nenhuma!


Aliás, gostaria de indicar um excelente site em que encontrei dezenas de companhias aéreas de baixo custo: tentem verificar em http://www.discountairfares.com/lcostair.htm a relação de empresas. Tenho certeza que encontrarão uma que agrade aos bolsos não tão abonados.

Hoje deixarei algumas fotos das estações e aeroportos em que estive:ônibus da Eurolines em Amsterdam

Avião da Airberlin em Tegel

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Viagem a Berlim / Potsdam

A viagem de férias que fiz em 2008 a Europa, começou por Madri. Fiz um roteiro totalmente independente de agências de viagem, escolhendo vôos, hotéis, hostels e ônibus somente pela internet. Creio que a economia foi significativa.
Saí do Brasil com todas as reservas confirmadas.
Ryanair (www.ryanair.com) e Berlin Air / Niki Air (www.airberlin.com) foram perfeitas, sem atrasos. No frills realmente. Mas uma forma muito boa e rápida de economizar. Todo mundo fala em passes de trem quando se comenta sobre viagens para a Europa. Está bem, o trem pode ser mais barato em trechos dentro de um mesmo país, porém tenho dúvidas que seja vantajoso entre países.
Voei de Madri (Barajas) para Bruxelas (Charleroi). Em Charleroi há ônibus da Ryanair até Bruxelas. Mesmo tendo que pagar os 13 euros do ônibus, foi bem mais em conta do que um trem, sem contar o tempo que se ganha com a viagem aérea.
De Bruxelas para Amsterdam comprei passagem de ônibus da Eurolines (
http://www.eurolines.com/). Desconfortáveis ônibus, mas nada que não dê para encarar com tranqüilidade.
De Amsterdam para Berlim não encontrei voos, ou melhor, encontrei mas eram muito, muito caros, preferi, então, me aboletar novamente nos ônibus da Eurolines ... A chegada em Berlim foi extremamente complicada, porque não conseguia encontrar uma estação de Ubahn / Sbahn que me deixasse nas proximidades do hotel Ibis Berlin City West (http://www.accorhotels.com
).
Voltas e mais voltas numa manhã bem fria, até que finalmente uma bondosa alma apareceu das entranhas da terra (são tantos subterrâneos naquela estação de ônibus de Berlim! Misericórdia!) e prestou uma informação bastante útil.
Berlim a Viena em voo Berlin Air, ótimo e tranquilo.
Viena a Bratislava (por recomendação de meu amigo Marcelo Karam) via trem, muito legal a viagem. Gostei demais de Bratislava, mas isso é outro post!
Viena a Paris pela Berlin Air mas utilizando voo da Niki Air, do Niki Lauda, lembram dele??Tudo muito bacana, muito legal. Sem nenhum problema. Todos os roteiros confirmados pela internet, absolutamente confiável.


Madri

Toledo


Bruxelas

Amsterdam

Berlim

Potsdam

Viena


Bratislava


Paris


domingo, 24 de maio de 2009

Penso que as origens são alemãs ...

Se os motivos do blog são as viagens e História, penso que minhas origens estão relacionadas aos alemães. Por quê? Bem, minha bisavó materna era de origem alemã ... já faz muito tempo que busco informações sobre ela. No Orkut existem duas comunidades sobre os Winck, mas em nenhuma delas consegui algo concreto sobre Clara Winck (da Silva).

Já estive em Porto Alegre na Cúria Metropolitana, em cartórios e igrejas de Rio Pardo, mas também nada consegui. Como dizem, a esperança é a última que morre, então continuarei na busca.

O que me leva a falar dos Winck, meus ancestrais?
Ora, um dos grandes atores na história europeia, ou ainda mais contundente seria dizer na história ocidental, são os alemães, ou prussianos!
Falar de Europa sem mencionar germânicos é ignorar as grandes contribuições e envolvimentos no desenrolar dos acontecimentos na Europa, tanto na Idade Média como na atualidade. Quem não se lembra da queda do Muro de Berlim em 1989? Ou mesmo do massacre da delegação israelense nas Olimpíadas de Munique em 1972? Adenauer, Bismarck, República de Weimar, os Hohenzollern, os Kaiser ... Sacro Império Romano-Germânico, então?

Em 2008 estive por alguns dias em Berlim.
Por indicação de minha cara e querida "chefa" Diva, que morou em Berlim por um tempo, fui até Potsdam.

Com tudo que vi e presenciei, fiquei encantado.

Perdia-me pelas ruas de Berlim sem horário, sem rumo, sentindo e aspirando a história.

Percebendo os prédios que revelavam fatos históricos em cada tijolo.


E o que falar dos palácios de Potsdam! Santa Madalena Sofia Barat!!! Incríveis e lindas construções ... jardins descomunais, caminhos, veredas, trilhas ... lagos, monumentos, palácios, casas ... pura história, pura e forte emoção. Uma sensação tão difícil de transcrever, de transformar em palavras.

Neues Palais - New Palace: The New Palace is the largest 18th century structure in the Sanssouci park. It was built from 1763 to 1769 according to the plans of Johann Gottfried Büring, Heinrich Ludwig Manger and Carl von Gontard.

sábado, 23 de maio de 2009

Gênesis


Ramiz Galvão - alguém já ouviu falar? Pois bem, Ramiz Galvão é um distrito da cidade histórica do Rio Grande do Sul chamada Rio Pardo! Ah, agora sim vocês sabem do que falo, não? É claro, isso vocês estudaram lá no 1º grau, nível básico - A Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha, quando o Rio Grande do Sul buscou sua independência do império do Brasil em 1835, apenas 13 anos após a declaração de independência de Portugal bradada por D. Pedro I. A revolução para uns, a guerra para outros, durou 10 anos. Rio Pardo foi uma das cidades usadas pelos rebeldes "farrapos", por isso é histórica. Lembraram agora?
Então é isso: Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, patrono do Exército Brasileiro, com as tropas imperiais sob seu comando e se preciso fosse, com o auxílio de reforços, poderiam aniquilar os farrapos nos campos de batalha. Do ponto de vista farroupilha, não foi uma derrota. Houve a assinatura de uma "paz honrosa". Por isso, quem não é gaúcho custa a entender a comemoração do 20 de Setembro, em que aparentemente, é celebrada uma derrota. (Os Farrapos, pág. 171, de Carlos Urbim, Zero Hora Ed. Jornalística, 2003).

Figuras polêmicas como Bento Manoel Ribeiro, David Canabarro, Guiseppi Garibaldi, Bento Gonçalves, Onofre Pires da Silveira Canto, José Gomes de Vasconcelos Jardim, Tito Lívio Zambeccari, Ana Maria de Jesus Ribeiro - a Anita Garibaldi. E tantos outros nomes, lembrados em livros, ruas, monumentos pelo Rio Grande afora.

Numa cidade que participou da brava luta inglória dos Farrapos, nasci! Muito cedo fui para Porto Alegre, já que meu pai, como ferroviário, vivia a mercê de transferências e mudanças da VFRGS (Viação Férrea do Rio Grande do Sul), mais tarde encampada pela RFFSA (Rede Ferrroviária Federal S/A. - isso renderá um bom assunto ...)

Rio Pardo, só após muitos anos pude te reencontrar, e nas voltas e meandros do Rio Jacuí, pude sentir a dor de um passado não vivido, apenas vislumbrado, pelas falas e conversas de minha mãe e irmãos ... ah que saudades de algo que não vivi, que vontade de rever pontos e lugares que já não existem mais! Viajar no passado para conhecer a história, a minha história.

Vou buscar-te onde puder, e reviver as emoções do tempo que já não volta mais!


Não só de ti, ó Rio Pardo, mas busco pelo Rincão del Rey, São Nicolau, Ramiz Galvão, Barro Vermelho, Santa Cruz do Sul ... A quem recorrer? A quem buscar? A quem procurar? Perdidos nas brumas do tempo, camadas de sedimentos recobrem nosso passado, escondem nossa existência. Mas quero de ti sentir ainda o aroma de cheiros distantes, deixados lá na infância. Buscar as recordações de Wincks por todos os lados ... cade a Clara Winck da Silva? E o Lucio Gonçalves dos Santos?


É Rio Pardo, rio Pardinho - meus sonhos são reencontrar um passado misturado a história, a minha história ou a nossa história ... vou em busca de ti - aguarde-me.
A foto aí em cima é da Praça da Matriz no centro de Porto Alegre.


sexta-feira, 22 de maio de 2009

Todo início é díficil, ou não?

Falar de viagens mostrando fotos é muito simples ... quantos blogs e sites existem na internet? Milhares, de todos os tipos, tamanhos e recursos.
Algo interessante que gostaria de fazer é associar os lugares em que estive (ou que gostaria de ter estado) com a História. Relacionando os fatos com o lugar.
Não sei se é agradável para quem irá ler, mas tentarei.